Projeto Cores da Terra encanta e facilita o aprendizado de crianças e jovens há dois anos
Tinta extraída dos solos do cerrado é instrumento de educação ambiental no programa Parque Educador, desenvolvido pelo Instituto Brasília Ambiental por meio de sua Unidade de Educação Ambiental (Educ). A ideia se materializa no projeto Cores da Terra, que há dois anos encanta estudantes do ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal.
O Cores da Terra se traduz na atividade lúdica de pintar a fauna e a flora do cerrado, usando tinta feita à base das terras dos vários solos do bioma, nas suas surpreendentes variações de tonalidades. “O projeto é uma ferramenta didática dos professores do programa, com grande diversidade e capaz de envolver e fascinar crianças e jovens, facilitando o interesse e o aprendizado de educação ambiental”, diz o chefe da Educ, Marcus Paredes.
“Para nós, professores, o sentimento é de gratidão de saber que, com materiais simples e criatividade, é possível levar conhecimento e cultura aos alunos e às escolas públicas do DF”, afirma Luiza Barbosa, integrante do programa Parque Educador
Paredes destaca que o cerrado tem vários tons de terra, desde o branco, passando por todos os tons de marrom, indo quase ao preto e ao vermelho. Para ele, a criação fascina as crianças porque, desde a preparação, que inclui a coleta do barro e da argila, até a execução e a pintura final, feita na sala de aula, “é um processo rico, no qual a criança aprende, conhece e passa a ter valores simples, mas altamente orgânicos, sem a intervenção de equipamentos industrializados”.
A professora Luzia Aparecida de Carvalho Barbosa, integrante do Parque Educador, conta que o Cores da Terra teve início no Parque Ecológico Três Meninas, em Samambaia. “Foi uma atividade apresentada pelas educadoras ambientais Luzia Carvalho e Marina Bicalho, proposta para o desenvolvimento do tema solo, sua importância para a sustentabilidade e o equilíbrio ambiental.”
Segundo a professora, foram coletadas amostras dos solos de diversas colorações e, com a orientação das educadoras ambientais, essas amostras foram transformadas em tintas. Com elas, os alunos desenvolveram diversos painéis pintando o cerrado, sua fauna e flora.
“Para nós, professores, o sentimento é de gratidão de saber que, com materiais simples e criatividade, é possível levar conhecimento e cultura aos alunos e às escolas públicas do DF”, enfatiza Luiza Barbosa.
Educação
O Programa Parque Educador, que está com suas inscrições abertas, para o primeiro semestre deste ano, até a próxima quarta-feira (2), é uma parceria entre o Instituto Brasília Ambiental e as secretarias de Meio Ambiente e de Educação do DF.
Funciona com aulas de educação integral, ambiental e patrimonial dadas por professores da Secretaria de Educação para seus alunos, dentro das Unidades de Conservação e parques sob a gestão do Brasília Ambiental, com apoio da área técnica da Educ.
O Parque Educador acontece na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae)/Parque Sucupira, em Planaltina, nos parques ecológicos Águas Claras, Três Meninas (Samambaia), Saburo Onoyama (Taguatinga), Riacho Fundo e no Monumento Natural Dom Bosco, no Lago Sul.
*Com informações do Brasília Ambiental