24 de fevereiro de 2022

“A favor das focinheiras”, alunos protestam contra deboche de professor

Estudantes do Centro de Ensino Médio Elefante Branco se mobilizaram em repúdio às críticas de um professor de história a respeito do uso de máscaras e discurso antivacina

Alunos de escola pública protestam após professor debochar do uso de máscaras   -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Alunos de escola pública protestam após professor debochar do uso de máscaras – (crédito: Material cedido ao Correio)

Alunos do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul, fizeram um protesto depois de ouvir frases negacionistas de um professor de história da escola pública. Segundo o Grêmio Estudantil Honestino Guimarães, que representa os estudantes da instituição, o docente teria dito, durante as aulas, que as máscaras de proteção contra covid-19 são focinheiras.

De acordo com a carta de repúdio publicada pelo grêmio, o professor se recusava a explicar o conteúdo oralmente por ter que usar máscara. “Vale ressaltar também que a nossa manifestação não está sendo contra a ideologia do professor, mas contra ele colocar as ideologias pessoais acima do conteúdo referente ao segundo ano”, informa o texto.

A presidente do grêmio, Gabriely Santos Souza, 17 anos, disse ao Correio que o professor, além de debochar o uso da máscara e fazer chacota com os alunos por defenderem o acessório, prega uma ideologia antivacina em sala de aula. “Quando os alunos o questionaram, ele começou a oprimir, dizendo que aluno não tinha autoridade em sala de aula. E por ele se recusar a dar o conteúdo de forma oral, os alunos estão tendo prejuízo. Ele fala coisas que, principalmente, dentro da aula de história, são inadmissíveis”, reclamou a jovem.

Um vídeo mostrando o protesto viralizou nas redes sociais. Os estudantes se reuniram no refeitório da escola, durante o intervalo das aulas, na última segunda-feira (21/2), onde apresentaram cartazes defendendo as vacinas e o uso de máscaras. Os estudantes protestam dizendo que a pandemia não acabou e “a focinheira nos salvou”.

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal disse que “conclama os professores a se concentrarem na recomposição das aprendizagens perdidas durante a pandemia. Este é o foco e a maior prioridade no ano letivo de 2022. O caso específico foi encaminhado à Corregedoria para apuração.”

O Correio tentou localizar o professor, mas não conseguiu contato. O espaço segue aberto.

Fonte:correiobraziliense

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