Estudantes do Centro de Ensino Médio Elefante Branco se mobilizaram em repúdio às críticas de um professor de história a respeito do uso de máscaras e discurso antivacina
Alunos do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul, fizeram um protesto depois de ouvir frases negacionistas de um professor de história da escola pública. Segundo o Grêmio Estudantil Honestino Guimarães, que representa os estudantes da instituição, o docente teria dito, durante as aulas, que as máscaras de proteção contra covid-19 são focinheiras.
De acordo com a carta de repúdio publicada pelo grêmio, o professor se recusava a explicar o conteúdo oralmente por ter que usar máscara. “Vale ressaltar também que a nossa manifestação não está sendo contra a ideologia do professor, mas contra ele colocar as ideologias pessoais acima do conteúdo referente ao segundo ano”, informa o texto.
A presidente do grêmio, Gabriely Santos Souza, 17 anos, disse ao Correio que o professor, além de debochar o uso da máscara e fazer chacota com os alunos por defenderem o acessório, prega uma ideologia antivacina em sala de aula. “Quando os alunos o questionaram, ele começou a oprimir, dizendo que aluno não tinha autoridade em sala de aula. E por ele se recusar a dar o conteúdo de forma oral, os alunos estão tendo prejuízo. Ele fala coisas que, principalmente, dentro da aula de história, são inadmissíveis”, reclamou a jovem.
Um vídeo mostrando o protesto viralizou nas redes sociais. Os estudantes se reuniram no refeitório da escola, durante o intervalo das aulas, na última segunda-feira (21/2), onde apresentaram cartazes defendendo as vacinas e o uso de máscaras. Os estudantes protestam dizendo que a pandemia não acabou e “a focinheira nos salvou”.
Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal disse que “conclama os professores a se concentrarem na recomposição das aprendizagens perdidas durante a pandemia. Este é o foco e a maior prioridade no ano letivo de 2022. O caso específico foi encaminhado à Corregedoria para apuração.”
O Correio tentou localizar o professor, mas não conseguiu contato. O espaço segue aberto.
Fonte:correiobraziliense