O bloqueio deverá ocorrer pelo prazo de 15 dias e anula a capacidade de originar chamadas a partir dos acessos do Serviço Telefônico Fixo Comutado e do Serviço Móvel Pessoal das pessoas jurídicas que gerarem ao menos cem mil chamadas curtas por código de acesso em um dia
Ao menos 26 prestadoras de serviços de telecomunicações deverão adotar novas medidas para impedir a realização de chamadas curtas, com menos de três segundos. As novas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverão valer a partir de 3 de novembro e coincidem com ações adotadas pelas empresas para construir regras institucionais que amparem o serviço sem transtornos a quem recebe as ligações.
O bloqueio deverá ocorrer pelo prazo de 15 dias e anula a capacidade de originar chamadas a partir dos acessos do Serviço Telefônico Fixo Comutado e do Serviço Móvel Pessoal das pessoas jurídicas que gerarem ao menos cem mil chamadas curtas por código de acesso em um dia.
O objetivo da Agência é combater o excesso de ligações que importunam a população em geral e que contrariam a Lei Geral de Telecomunicações, que obriga usuários, entre eles empresas de telemarketing, a utilizar adequadamente os serviços, equipamentos e redes de telecomunicações. Por isso, as chamadas curtas, como aquelas na qual o usuário ouve um “olá” de “robocalls”, deverão ser impedidas.
A partir de agora, será necessária uma “prova de vida” para identificar a existência do número para que um atendente ligue. Além do bloqueio das empresas, a Anatel também promete divulgar mensalmente o nome das empresas que mais perturbarem o consumidor praticando o telemarketing abusivo. Além disso, as operadoras deverão criar um portal público nos próximos 60 dias.
De acordo com o Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing do Estado de São Paulo (Sintelmark), o setor emprega 1,5 milhão de brasileiros, dos quais 400 mil colaboradores no estado de São Paulo, em regime de Carteira de Trabalho (CLT). A maioria empregada é formada por jovens em seu primeiro emprego, dos quais, 70% são mulheres. No estado de São Paulo, somam 600 empresas que atuam em três pilares: help desk, cobrança e venda.
Ética
Outras ações são adotadas pelo setor para tentar mitigar os conflitos com o público-alvo do telemarketing. Entidade que representa mais de 600 corporações do setor, o Sintelmar lançou a campanha Comunicação + Assertiva para sensibilizar os trabalhadores a uma comunicação objetiva, respeitosa, disciplinada e adequada junto a clientes e consumidores.
A entidade recomenda que todas as empresas sigam o Código de Ética do Probare (www.probare.org.br), que define parâmetros de auto-regulamentação no setor. Além do código de ética, o Probare certifica as empresas através do Selo de Ética e Norma de Maturidade de Gestão, por meio da adesão espontânea das organizações e, adoção das regras estabelecidas no regulamento próprio e submissão à auditoria de verificação.
Para o diretor administrativo do Sintelmark, Laurent Delache, a campanha do Sindicato pretende melhorar e aperfeiçoar a comunicação entre as empresas de contact center e o consumidor final. “Pretendemos que todas as empresas de telemarketing se adequem às boas práticas disciplinadas no Código de Ética Probare.
Para o diretor, o trabalho é bastante sensível, pois trata diretamente com pessoas e suas particularidades e sensibilidades. “Precisamos estar afinados com as boas práticas, por este motivo os treinamentos aos funcionários são constantes e periódicos”, informa. Governo pune empresas com suspensão de serviços.
Fonte:correiobraziliense