19 de novembro de 2024

Cultura afro em debate e oficinas de dança agitam festival Consciência Negra 2024

Alunos da rede pública de ensino visitaram estrutura do evento apoiado pelo GDF, na Torre de TV; agenda desta terça tem shows de Seu Jorge e Raça Negra

Alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal participaram, nesta terça-feira (19), de uma visita guiada à estrutura do festival Consciência Negra 2024, montada na Torre de TV. Na ocasião, os estudantes de escolas do Gama, Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Gama e Santa Maria participaram de palestras sobre ancestralidade e sobre a cultura afro-brasileira, além de oficinas de breakdance e capoeira.

Alunos de escolas do Gama, Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Gama e Santa Maria participaram, nesta terça (19), de uma visita guiada ao festival Consciência Negra 2024 | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Consciência Negra 2024, um festival de exaltação à cultura afro-brasileira, é promovido pelas secretarias de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), com apoio da Associação de Educação, Cultura e Economia Criativa (Aecec), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Ministério do Turismo. O investimento total foi de cerca de R$ 7 milhões.

O Dia da Consciência Negra foi instituído em 2011, em memória de Zumbi dos Palmares, importante líder quilombola assassinado em 20 de novembro de 1695; mas só foi oficializado como feriado nacional em dezembro do ano passado. No DF – onde 57,3% da população se autodeclara negra, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) –, a data vinha sendo considerada ponto facultativo desde 2019.

Para a professora Juliana Leonardo Santos, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 32 do Pôr do Sol/Sol Nascente, a visita foi uma oportunidade para os estudantes aprenderem sobre a importância da data. “Vindo pra cá, os alunos viram como é possível sair da escola e vivenciar na prática o que trabalhamos em sala. Desde o meio do ano, estamos promovendo ações antirracistas e, agora, essas vivências fortalecem ainda mais o aprendizado”, destacou.

A professora Juliana Leonardo Santos comemorou a oportunidade de visitar o festival com os alunos: “Estamos promovendo ações antirracistas e, agora, essas vivências fortalecem ainda mais o aprendizado”

O jovem Samuel Dias, 15 anos, é apaixonado por capoeira e fez questão de participar da oficina promovida pelo evento. “Escolhi a oficina de capoeira pela dança e pela luta. A capoeira é uma expressão cultural e histórica incrível, com instrumentos e ritmos que contam a história do povo negro”.

Já o estudante Breno Fonseca, 18, aluno do Centro Educacional 310 de Santa Maria, compartilhou como o evento aprofundou sua percepção sobre o tema: “Aprendi sobre a importância da consciência negra e como devemos quebrar o racismo desde cedo. Essa vivência traz realidade a um tema que muitos ainda não conhecem”.

O estudante Samuel Dias participou da oficina de capoeira promovida pelo evento: “É uma expressão cultural e histórica incrível, com instrumentos e ritmos que contam a história do povo negro”

Programação

O festival também é um espaço para valorizar a música e as artes afro-brasileiras. Ellen Oléria, Marcelo Falcão e Nação Zumbi abriram a primeira noite de shows do Consciência Negra 2024, nessa segunda-feira (18). Além deles, o primeiro dia do evento teve ainda apresentações de Afoxé Ogum Pá, Filhos de Dona Maria e Patakori + Folha Seca.

A programação segue nesta noite com a apresentação de grandes nomes como Seu Jorge e Raça Negra, e de artistas locais como Dhi Ribeiro e Nego Dé. Os shows começam às 17h e seguem até o início da madrugada do feriado. Para assistir, é preciso retirar o ingresso antecipado na plataforma Sympla.

Fonte: Agência Brasília

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