2 de junho de 2021

‘Cultura de todo jeito’ fortalece a cadeia produtiva do DF

Categoria do FAC vai destinar cerca de R$ 8,6 milhões para até cem projetos culturais em várias classes

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), por meio do edital Brasília Multicultural, do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), vai destinar ao menos R$ 8,6 milhões a até cem projetos culturais de diversas áreas da produção artística na categoria “Cultura de todo jeito”. Entre as linguagens fomentadas, estão as publicações de livros e revistas, a pesquisa e o estudo da cultura, a manutenção de grupos artísticos e espaços culturais e produções de eventos, além de mostras, festivais e projetos que priorizam a primeira infância.

Arte: Secec

“Cultura de todo jeito” é uma das cinco categorias do FAC Brasília Multicultural, edital no valor de R$ 53,64 milhões para, ao menos, 802 projetos. As inscrições seguem até o dia 18 deste mês, para agentes culturais com Cadastro de Entes e Agentes Culturais (Ceac) válido.

O objetivo é impulsionar a publicação de obras de referência na área artística em formatos literários e científicos e, assim, dar visibilidade a artistas e pesquisadores do DF.

A Secec promove live para tirar dúvidas sobre a categoria “Cultura de todo jeito” nesta sexta-feira (28), às 17h, em seu canal do YouTube. Acompanhe e fique por dentro de todas as etapas do edital.

O “Cultura de todo jeito” também busca promover ações de qualificação básica ou de formação de profissionais artistas e técnicos do cenário artístico-cultural. Dessa forma, o proponente deve submeter uma ementa de oficinas e cursos.

Primeiro FAC

O jornalista Rosualdo Rodrigues, produtor do blog cultural Boníssimo, busca pela primeira vez o apoio do FAC nesta categoria. Paraibano radicado em Brasília desde 1985, ele conta com os recursos para a tiragem e distribuição de sua nova obra. Experiente no meio cultural, publicou, como coautor do livro-reportagem Uma História do Forró, finalista do Prêmio Jabuti 2013 para esta categoria.

O jornalista e escritor Rosualdo Rodrigues procura pela primeira vez o apoio do FAC | Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

“O livro que eu tenho pronto reúne textos da jornalista Liana Sabo, primeira jornalista a escrever sobre gastronomia em Brasília. Ela começou a escrever em 1993, numa época em que não se falava muito de gastronomia em jornal. Resumidamente, o livro conta um pouco da história e evolução da gastronomia no Centro-Oeste”, explica Rodrigues.

Já a área “Primeira infância” propõe estimular propostas culturais no segmento infantil, com ênfase na primeira infância, ou seja, englobar formatos que atendam às crianças de zero a seis anos. O incentivo inclui, ainda, vagas para propostas de festivais, mostras e outros tipos de evento que promovam uma ou mais linguagens artísticas.

Serão contemplados, igualmente, espaços artísticos particulares, mas de uso aberto ao público

Manutenção cultural

A fim de preservar a cultura local, o edital prevê destinação de verba para grupos e coletivos artísticos de no mínimo três anos de existência contínua, que atuem em áreas de artes plásticas e visuais, cultura popular, manifestações tradicionais e originárias, circo, ópera, orquestras, musicais, dança, música e teatro.

Serão contemplados, igualmente, espaços artísticos particulares, mas de uso aberto ao público. Os recursos devem ser destinados à conservação do ambiente, assim como para a realização de oficinas, programa de formação de plateia, incentivo ao consumo da arte e cultura produzidas no DF e para a capacitação de integrantes do espaço na área de gestão cultural. Os proponentes para essas áreas devem apresentar plano de ações por um período de 12 meses.

A subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes, explica que há três anos não é lançado edital de manutenção de espaços culturais. E, quando a Secec abriu o edital da Lei Aldir Blanc, percebeu que muitos espaços estavam sem apoio do Estado. O FAC Brasília Multicultural, categoria “Cultura de todo jeito”, traz a ideia de ampliar o apoio e dar continuidade à política de 2018.

Cultura de todo jeito

Essa categoria vai permitir ao proponente definir uma ou mais linguagens culturais em festivais, eventos, publicações, pesquisas ou ações de capacitação que privilegiem aqueles que trabalham nos bastidores, os profissionais da área técnica. Também abrange manutenção de grupos e espaços culturais, problema identificado durante a gestão dos recursos da Lei Aldir Blanc, corrigido agora com o lançamento do edital. Inclui ainda linha para a primeira infância.

É necessário que o projeto contenha ao menos um item de ajuda técnica e tecnologia assistiva para pessoas com deficiência (PcDs), por exemplo, interpretação em libras, leitura labial, braile, audiodescrição, elevadores e rampas. A exceção é para os projetos de publicações.

É obrigatório que o proponente tenha inscrição regularizada no Cadastro de Entes e Agentes Culturais (Ceac)

As inscrições ocorrem por meio do sistema eletrônico disponível neste endereço. Os projetos culturais devem ser enviados com toda a documentação até as 18h do dia 18 deste mês. Haverá reserva de vagas para agentes culturais considerados PcDs, assim como para aqueles que celebraram contrato com o FAC.

É obrigatório que o proponente tenha inscrição regularizada no Cadastro de Entes e Agentes Culturais (Ceac). O Edital n°6/2021 e a categoria “Cultura de todo jeito”, assim como os demais anexos, estão disponíveis na íntegra no site da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e no site do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).

Fonte:AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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