19 de abril de 2021

Eleitor que votar em Lula “merece sofrer”, diz Bolsonaro

Ao comentar anulação de provas do ex-presidente, Bolsonaro criticou eleitores de seu provável adversário em 2022

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta segunda-feira (19/4), que o eleitor que votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu possível adversário nas eleições de 2022, “merece sofrer”.

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro comentou o julgamento da semana passada em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por oito votos a três, anular as condenações impostas a Lula no âmbito da Operação Lava Jato.

A decisão deixa o petista apto a concorrer no pleito do ano que vem, caso não sofra novas condenações até lá.

“Foi 8 a 3 o placar lá [no STF], né?”, iniciou Bolsonaro. “Você interprete como você quiser. Agora, pelo amor de Deus, um povo que, porventura, vote em um cara desses é um povo que merece sofrer.”

O presidente também alegou que não pode resolver os problemas do país de forma imediata. “Alguns querem que dê um cavalo de pau no Brasil. Não dá para dar um cavalo de pau no Brasil”, afirmou.

“Muita gente vê o problema imediato ali. Para eu resolver, só se eu impusesse uma ditadura. A gente não vai fazer isso. Não tem cabimento… Não existe, não tem ditadura boa, não tem”, prosseguiu.

Indicação ao STF

Sobre as futuras indicações que fará ao Supremo, Bolsonaro sinalizou que os ministros nomeados por ele vão equilibrar a Suprema Corte.

“Você pode ver: eleições do ano que vem, quem se eleger, indica dois para o Supremo no primeiro trimestre de 23. Então, pô, se for um cara da minha linha, vai ter quatro lá que [faz gesto com a cabeça de balança].”

A primeira indicação ao STF feita por Bolsonaro foi em outubro de 2019, quando ele escolheu Kassio Nunes Marques para a vaga do ex-ministro Celso de Mello.

Em julho deste ano, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, Bolsonaro fará a segunda indicação. Ele prometeu que a vaga será ocupada por um nome “terrivelmente evangélico”, em sinalização a um dos principais grupos que lhe dão suporte político.

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi registrada em vídeo por um canal no YouTube simpático ao presidente.

Fonte:metropoles

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