13 de junho de 2024

Indústria mantém nível de confiança positivo no primeiro semestre, indica CNI

Apesar disso, taxa de juros elevada e regulamentação da reforma tributária ainda no papel são fatores que contribuem para uma queda moderada

Confiança do empresário da indústria recuou 1,8 ponto desde janeiro deste ano, indica CNI -  (crédito: gerdau-divulgação)
Confiança do empresário da indústria recuou 1,8 ponto desde janeiro deste ano, indica CNI – (crédito: gerdau-divulgação)

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) apresentou uma ligeira queda no primeiro semestre de 2024, recuando 1,8 ponto de janeiro a junho deste ano. Com isso, o indicador calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manteve em um nível de confiança moderado, diante de uma leve queda neste mês, que fez com que o índice chegasse mais perto da zona de falta de confiança (abaixo dos 50 pontos) e fechasse o semestre em 51,4 pontos.

Ainda dentro do nível de confiança, o que sustenta a percepção positiva dos empresários da indústria são as projeções para os próximos meses. O Índice de Expectativas — um dos indicadores que compõem o Icei — encerrou o período em 45 pontos, apesar da queda de 0,8 ponto em junho.

Apesar disso, o Índice de Condições Atuais, que também integra o estudo, permanece abaixo da linha de confiança em junho, em queda de 0,8 ponto. Diante disso, o indicador que mede a situação atual da confiança do empresário industrial encerrou o semestre no patamar de 46,2 pontos.

Na avaliação da economista da CNI, Larissa Nocko, ainda há uma série de fatores que contribuem para um primeiro semestre melhor neste ano, do que em 2023, apesar de o cenário ainda ser desafiador, com as discussões sobre a reforma tributária ainda no Congresso Nacional, e a taxa de juros ainda elevada, mesmo em ritmo de queda desde o ano passado.

“Essa primeira metade de 2024, embora esteja indicando mais confiança em relação aos primeiros seis meses de 2023, está inferior à confiança de anos anteriores, no intervalo de 2018 a 2022. Ou seja, o empresário industrial está confiante, mas essa confiança é bem moderada, bem parcimoniosa, porque ainda existe uma série de desafios a serem enfrentados”, considera a economista.

Fonte:correiobraziliense

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