11 de fevereiro de 2021

Lira diz que auxílio emergencial de R$ 200 ou R$ 300 fará diferença para carentes

Segundo ele, o auxílio deve ser destinado para alimentação da “população carente que está muito sofrida”

“Duzentos, trezentos reais por mês fazem muita diferença na vida daquela pessoa que está fora de qualquer cadastro único, à margem de todo o processo”, disse em entrevista ao programa Ponto a Ponto (BandNews), apresentado pela colunista da Folha, Mônica Bergamo, e pelo cientista político Antonio Lavareda.

Segundo ele, o auxílio deve ser destinado para alimentação da “população carente que está muito sofrida”.

Lira sinalizou positivamente para a reedição da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Orçamento de Guerra, implementado em 2020. Dessa forma, o governo teria liberdade para gastar sem furar normas fiscais e bancaria o programa de auxílio por meio de créditos extraordinários.

Na opinião dele, o período de três ou quatro meses com auxílio emergencial é necessário para o Congresso votar matérias que sinalizem segurança a investidores internacionais, que trariam renda e emprego ao Brasil.

“Temos que encontrar o tempo e a maneira adequada”, afirmou referindo-se à nova rodada de ajuda.

Também nesta quarta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), descartou a possibilidade de criar um novo imposto para bancar mais uma rodada do auxílio emergencial.

Pacheco disse que a criação de um tributo para reeditar o auxílio não é o “ideal” e que essas ações são sempre “traumáticas”. O presidente do Senado defendeu que a criação e extinção de impostos deve se dar no âmbito da reforma tributária.

“A criação de imposto é sempre algo traumático”, afirmou o pouco antes da sessão deliberativa do Senado. “O momento de se dimensionar criação e extinção de tributos é na reforma tributária. Nós vamos buscar uma solução com fundamentos econômicos sem que haja necessidade de criação de impostos. Pelo menos esse é o ideal a se fazer”, completou.

Ele evitou comentar especificamente sobre o Orçamento de Guerra, afirmando que as propostas estão sendo encaminhadas para o Ministério da Economia para discussão.

Em uma agenda com prefeitos no Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o auxílio emergencial voltou a ser discutido, mas afirmou que “não tem dinheiro no cofre” para pagar as parcelas.

“A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido e que eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento”, afirmou nesta quarta-feira.

 

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