ESTIMA-SE QUE 50% DA POPULAÇÃO MUNDIAL DESENVOLVERÁ O PROBLEMA EM 2050
Dentre tantos problemas provocados pela pandemia da Covid-19, um deles acendeu um alerta entre os oftalmologistas: 3,7 milhões de consultas deixaram de ser realizadas em 2020, ou seja 35% dos brasileiros não foram realizar seus exames oftalmológicos de rotina. Os dados foram apurados nos registros do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS. Com isso, houve atraso no diagnóstico e tratamento de muitas doenças, entre elas a miopia, principalmente entre crianças e adolescentes.
A miopia é uma condição ocular comum, que geralmente se desenvolve nas primeiras duas décadas de vida. Sua prevalência vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2000, 23% da população mundial apresentava miopia e já projeta que aproximadamente 50% das pessoas desenvolverá o problema em 2050. “A OMS está considerando a miopia uma espécie de epidemia porque sua incidência entre as crianças tem aumentado consideravelmente, sobretudo no mundo ocidental. Esse aumento tem acompanhado a popularização do uso de eletrônicos, principalmente telas pequenas e portáteis (celulares e tablets). Já está comprovado que a exposição continuada, sem intervalos, a atividades próximas como leitura ou uso de eletrônicos aumenta a chance de se tornar míope. Por isso, recomenda-se fortemente a prática de atividades esportivas e de recreação ao ar livre (contato com a luz solar por pelo menos 2 horas por dia), reduzir o tempo de exposição a telas e, quando estudar, fazer intervalos a cada 20 a 40 minutos”, afirma o Dr. Natanael Abreu, especialista em Estrabismo e Neuroftalmologia do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty.
Apesar dos fatores ambientais, a patologia tem uma herança genética. Assim, quanto mais míopes na família, mais chance uma criança tem de se tornar míope e de copiar o padrão de grau familiar, ou seja, maior miopia se há altos míopes na família. Quando um dos pais é míope, o filho tem 3 vezes mais chance de se tornar míope. Esse risco aumenta para 7 vezes quando ambos os pais tem miopia.
Pais e professores devem ficar atentos a alguns sinais como quando uma criança pede sentar-se nas primeiras fileiras para enxergar melhor, cerra os olhos para ver de longe, queixa-se frequentemente de dor de cabeça, coça os olhos constantemente ou mostra desinteresse nas atividades escolares, pois isso pode significar que ela tem algum problema ocular. O diagnóstico só é confirmado no consultório oftalmológico por meio da refratometria (conferência do grau ou erro refracional do olho) após dilatação pupilar.
A miopia, no entanto, não é apenas uma inconveniência, que se corrige usando óculos, lentes ou fazendo cirurgia. A incidência de diversas doenças oftalmológicas graves é maior em olho míopes, com comprimento axial grande. Entre elas glaucoma, catarata mais precoce, descolamento de retina e degenerações da mácula (parte central da retina responsável pela visão de cores e discriminação de formas). “Por isso é fundamental fazer os exames anualmente. Um olho míope sempre será míope, ou seja, grande. Infelizmente, a miopia não tem cura, apenas tratamentos, que visam melhorar o foco das imagens e desacelerar a sua progressão”, ressalta o especialista.
Atualmente, existem três terapias que se provaram eficazes na desaceleração da miopia (em média em 50 a 60%): a utilização da atropina colírio; a ortoceratologia (lentes de contato rígida para uso noturno) e lentes de contato gelatinosa ‘bifocais’. O tratamento com colírio visa estimular a produção de dopamina na retina, o que funciona como sinalizador para que o olho não se alongue e progrida a miopia. As lentes de contato têm mecanismo para corrigir o grau da miopia (trazer a imagem em foco central), mas também colocar a imagem em foco na periferia da retina (coisa que os óculos e lentes de contato convencionais não são capazes de fazer, pelo seu tipo de desenho). A luz focando toda a retina (sobretudo a média periferia) é um estímulo para desacelerar a miopia. “Os tratamentos para desacelerar a miopia são recomendados para crianças e adolescentes na fase de aceleração da miopia. Por isso, não são feitos em adultos ou idosos. Há limites de idade e valor do erro refracional (grau) para se indicar os tratamentos, quer seja atropina ou lentes de contato. Essas restrições devem-se aos ensaios clínicos e pesquisas, que se basearam em determinados perfis de amostras populacionais. Só um especialista pode determinar qual a melhor opção, caso a caso”, garante o Dr. Natanael.
Para chamar a atenção sobre os cuidados com a miopia, no mês de outubro toda a criança que se consulta em hospitais do Grupo Opty recebe gratuitamente o livrete Combate à Miopia, edição especial da coleção Bolota, escrito e ilustrado por Nicolas Ghanem, autor de apenas 12 anos. A publicação, com uma linguagem fácil, lúdica e divertida, explica o que é a miopia, quais as causas, sintomas e as formas de correção, visando orientar crianças e jovens sobre o que fazer para evitar a patologia ou estagnar sua evolução, preservando a visão. Este é o quarto título de Nicolas, bisneto do Dr. Sadalla Amin Ghanem, fundador do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), que começou a escrever com 10 anos de idade. Para ter acesso a toda a coleção das aventuras da Bolota, basta enviar um e-mail para: turmadabolota@gmail.com.
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