25 de fevereiro de 2025

Parque Ecológico do Riacho Fundo dá continuidade às atividades de benzimento

Atendimento realizado na Unidade de Conservação é fixo, ocorre toda última segunda-feira do mês

Nesta segunda-feira (24), o Parque Ecológico do Riacho Fundo foi palco de ação promovida pela Escola de Almas Benzedeiras de Brasília, que ofereceu atendimentos de benzimento a moradores e visitantes da região. A iniciativa faz parte do Projeto Reconexão Cerrado, do Instituto Brasília Ambiental, que visa resgatar saberes ancestrais e fortalecer a conexão da comunidade com o bioma local.

O Reconexão Cerrado busca promover a integração de saúde e meio ambiente no Distrito Federal. O projeto fornece apoio às atividades do parque de geração de mudas nativas do Cerrado, que são utilizadas na regeneração ecológica. O projeto também integra ações educativas, rodas de conversa, que objetivam fortalecer a conexão da comunidade com o meio ambiente.

Para o gestor da autarquia, Rôney Nemer, o resgate dos valores e práticas passadas é uma forma de nos reconectarmos com nós mesmos. “Eu mesmo me vejo muito nessa experiência. São saberes e práticas que minha avó e minha mãe me submetiam e faziam (benzimento). Sinto-me muito saudoso, pelas boas lembranças, e orgulhoso de poder ter esse contato e mostrar aos meus filhos como foi”, compartilha.

Celina Leão, vice-governadora do DF, pontua que a prática favorece o bem-estar e a saúde mental da comunidade. “Essa iniciativa aproxima as pessoas da natureza e, ao mesmo tempo, cria uma oportunidade para que todos cuidem do corpo e da mente em um ambiente acolhedor, aproveitando os espaços públicos, como o nosso Parque Ecológico do Riacho Fundo”.

Integração – A atividade no Parque Ecológico do Riacho Fundo reforça o compromisso da Escola de Almas Benzedeiras e do Projeto Reconexão Cerrado em ampliar suas ações para diferentes regiões do Distrito Federal, promovendo a integração entre práticas culturais tradicionais e a preservação ambiental. Essas iniciativas fortalecem os laços comunitários e incentivam a valorização do patrimônio natural e cultural do cerrado brasileiro, na avaliação dos coordenadores dos dois projetos.

Para Jovelina, que é benzedeira, “O benzimento é levar às pessoas o acolhimento. Em tudo que fazemos, sempre precisamos acolher e ouvir, onde quer que esteja. Eu estive no raízes, para ser benzida, e lá descobri meu dom e já saí benzendo. Fazemos um trabalho entre nós também que é a visita fraterna, onde vamos até pessoas, que não conseguem vir até nós, e precisam desse acolhimento, não interessa o credo, nem a classe social. E isso é a saúde mental”, ressalta.

Paloma, moradora da comunidade, que usufruiu do benzimento, atesta o bem estar que a prática proporciona. “Meu namorado me recomendou, e eu decidi vir porque  acredito muito na oração. Também acredito que o benzimento não prejudica ninguém. Pelo contrário, faz muito bem. Com fé, sei que  vou alcançar minha benção e tudo vai melhorar.”

Benzedeiras de Brasília – Fundada em 2017 por Maria Bezerra, a Escola de Almas Benzedeiras de Brasília tem como objetivo preservar e disseminar práticas tradicionais de cura e espiritualidade, inspiradas em conhecimentos passados por gerações. As benzedeiras desempenham um papel importante na saúde pública, oferecendo terapias integrativas que complementam os cuidados médicos convencionais.

Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasília Ambiental

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