27 de dezembro de 2021

Verão e saúde ocular: cuidados para aproveitar a estação mais quente do ano

Sol, calor, umidade, vento e poluentes podem causar problemas de visão em crianças e adultos, mas é possível prevenir a maioria deles

Verão no Brasil é sinônimo de férias, praia, piscina e muito sol. A maioria das pessoas sabe que precisa usar fotoprotetores para a pele, mas se esquece que a saúde ocular também merece atenção redobrada nesse período. Isso porque, nos meses quentes e úmidos, os olhos ficam mais expostos aos raios solares ultravioleta (UVA e UVB) e a bactérias, vírus e fungos, em contato com águas do mar, piscina, rios e cachoeiras, vento, ar-condicionado, poeira e outros poluentes. Para aproveitar a estação mais esperada do ano, enxergando tudo com clareza, oftalmologistas do grupo Opty – com hospitais e clínicas oftalmológicas em todo o país – reuniram dicas preciosas para orientar adultos e crianças a apreciar o verão com segurança. Confira a seguir:

Problemas oculares comuns no verão

Uma queixa bastante comum no verão é a conjuntivite, inflamação da conjuntiva, fina membrana transparente que reveste o globo ocular e o interior das pálpebras. Essa condição pode ser alérgica, viral e bacteriana, com alto risco de contágio nos dois últimos casos, em locais com grandes aglomerações. “A conjuntivite viral é transmitida pelo mesmo vírus que do resfriado comum e se espalha rapidamente. Os principais sintomas são o olho avermelhado, irritado, lacrimejando, com sensação de areia, sensibilidade à luz e ardência. É imprescindível consultar um oftalmologista imediatamente”, alerta o Dr. Eduardo Rocha, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Estudos indicam que a exposição ao sol, sem proteção, por muitos anos, também eleva o risco de pinguécula (lesão amarelada e um pouco elevada que se forma no tecido superficial à esclera), pterígeo (formação indolor protuberante, geralmente benigna, na conjuntiva e que pode atingir a córnea), catarata precoce (opacificação do cristalino, a lente natural), degeneração da mácula (parte da retina responsável pela visão nítida, clara, em detalhes e a percepção das cores), tumores oculares e câncer na pele ao redor dos olhos. “Pinguécula e pterígio estão relacionadas à exposição prolongada a raios UV, ao vento ou à poeira, ao fumo e à água clorada. A segunda condição cresce lentamente, podendo se sobrepor à córnea e causar astigmatismo”, ressalta o especialista.

De acordo com o Dr. Eduardo, indivíduos com certas condições oculares devem ter ainda mais zelo com a visão na estação mais quente do ano. “Em pós-operatório recente (até 30 dias) de cirurgia de catarata, por exemplo, os pacientes devem ter cuidado redobrado com infecção. Precisam aplicar colírios antibióticos e anti-inflamatórios receitados, sair com óculos de proteção próprios para essa fase – com filtros e mais fechado, tanto na frente quanto nas laterais para evitar o excesso de iluminação. O ideal é evitar piscina e praia no pós-operatório”, orienta o oftalmologista. “Ter glaucoma não é empecilho para frequentar praia e piscina. No entanto, a pessoa não pode esquecer os colírios, a higiene e a proteção dos olhos na exposição ao sol”, adverte o dr. Rocha.

Cuidados básicos

A oftalmologista Joana de Farias, da EyeCenter Unique (Leblon e Barra da Tijuca na capital carioca) e especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) reforça a importância da utilização dos óculos de sol para evitar lesões nos olhos, especialmente na retina, área que capta os sinais luminosos e os envia ao cérebro, onde são geradas as imagens. Na hora de escolher o modelo, o critério é que ele tenha barreira contra os raios solares. O acessório precisa proporcionar pelo menos 98% de proteção. “Compre óculos em óticas de boa reputação, que vendem artigos de marcas originais. Ao usar óculos escuros, a pupila se dilata, portanto faz toda diferença optar por um modelo com certificação contra os raios UV. Uma dica: óculos com proteção UV 400 quer dizer que suas lentes inibem a entrada de comprimentos de onda menores que 400 nm/0 (nanômetros), o que incluem os raios UVA e UVB, invisíveis aos olhos. Em geral, os fabricantes aconselham trocar a cada dois anos, porém isso depende de como o usuário cuida dos seus óculos. Podem durar muito mais tempo”, aconselha.

O Dr. Cristian Santa Cruz, oftalmologista do DayHORC (do Grupo Opty, em Salvador, e fellow em córnea no Wills Eye Hospital (Estados Unidos) acrescenta ainda que usar chapéu, permanecer em ambientes com sombra, manter a higienização das mãos, evitar coçar ou tocar os olhos, não compartilhar maquiagem e nem usar esses produtos com prazo de vencimento expirado também são medidas fundamentais para manter a saúde dos olhos no verão. “Por causa do calor, muitas pessoas procuram lugares com ar-condicionado para se refrescar, mas é bom evitar longos períodos nesses ambientes, porque pode levar ao ressecamento ocular e à ceratite, uma lesão de córnea. E só aplique colírio lubrificante com a indicação do oftalmologista”, complementa.

Redobre a atenção com as crianças

A Dra. Cinthia R. Teló Sato, oftalmopediatra do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (do Grupo Opty, em Joinville-SC) destaca que alguns brinquedos em piscinas ou praias podem causar acidentes graves, como artigos que espirram água. “Se o jato for forte e atingir o olho, pode levar a uma emergência médica”, afirma.

A médica ressalta ainda que, depois de um dia na praia ou na piscina, é comum crianças apresentarem olhos vermelhos. Porém, no dia seguinte eles devem estar normais. “Se esse sintoma permanecer e surgirem outros, como coceira, irritação e acúmulo de secreção, procure um oftalmopediatra com urgência. Podem ser sinais de conjuntivite ou outro problema de visão”, avisa.

Aprenda a usar lentes de contatos com segurança

Usuários de lentes de contato precisam de precaução maior com higienização e armazenamento no verão, porque no calor e na umidade há maior proliferação de germes, lembra a oftalmologista Liane Iglesias, da Visclin Oftalmologia (do Grupo Opty em São Paulo). “Para limpeza e desinfecção das lentes, antes de tudo, deve-se lavar as mãos com sabonete bactericida e secá-las bem. Cada tipo de lente requer um produto próprio para limpá-las. Nunca aplique soro fisiológico, água boricada, saliva ou água corrente nas lentes. Essas substâncias não possuem agentes para lubrificar e desinfetar”, adverte a Dra. Liane.

Outra regra primordial para usuários de lentes de contato é evitar, sempre que possível, tomar banho, entrar no mar, em cachoeiras e rios com esses acessórios. Isso em razão de esse hábito aumentar o perigo de infecção ocular por microrganismos, podendo levar à cegueira em alguns casos. Além disso, o banho de mar desidrata o material das lentes, dificultando sua retirada dos olhos. “Assim como os óculos de sol, algumas lentes de contato oferecem proteção contra raios ultravioleta do sol. Deve-se selecionar modelos contra UV classe I (filtra 90% dos raios UVA) e UV classe II (bloqueia pelo menos 50% dos raios UVA e 95% dos raios UVB). Contudo, isso não significa renunciar aos óculos de sol! A exposição ao vento, à areia e a outras partículas no ar resseca e irrita os olhos.

Para manter a boa saúde ocular, em qualquer estação do ano, é essencial; além da consulta de rotina ao oftalmologista, praticar atividades físicas regularmente, ter sono reparador, controlar o estresse, não fumar e fazer alimentação balanceada. E atenção: caso sinta dor, coceira constante, olhos vermelhos, sensibilidade aumentada à luz e piora da visão, não se automedique. Consulte um oftalmologista.

 

Sobre o Opty

O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. Nesse formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas e concentra seu foco no exercício da medicina. Em cinco anos, a Opty soma mais de 12 milhões de atendimentos – entre consultas, exames e procedimentos cirúrgicos.

 

Atualmente, é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 24 empresas oftalmológicas, e mais de 2600 colaboradores e 1200 médicos oftalmologistas. Além das marcas próprias HOBrasil (BA, DF, RJ e SP) e Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF, RJ e SC), fazem parte dos associados: Hospital Oftalmológico de Brasília, HOB Taguatinga, HOB Hélio Prates e HOB no Jardim Botânico, Hospital de Olhos INOB, Hospital de Olhos do Gama, Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), Instituto de Olhos Villas (BA), Oftalmoclin (BA), Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), Sadalla.Smart (SC), HCLOE (SP), Visclin Oftalmologia (SP), EyeCenter Oftalmologia (RJ), COSC (RJ), Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP), HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP), Visão Center (PE), OftalmoDiagnose (BA) e CEOP – Centro de Olhos do Pará (PA), resultando em 69 unidades de atendimento.

 

 

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