A decisão é o reflexo do atual cenário epidemiológico da capital
Antes de debater o assunto, os conselheiros ouviram o professor Wildo Navegantes, da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e integrante do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 da UnB (Coes). “Se o Distrito Federal repetir o cenário vivido na primeira onda de infecções, vamos refletir mais tardiamente o que está ocorrendo agora em estados como Ceará e Amazonas”, disse ele. “E estamos, no Brasil, atrasados na oferta de vacinas.”
O docente lembrou que os professores estão no último grupo prioritário indicado no Plano Nacional de Vacinação, com a primeira aplicação prevista para os meses de julho e agosto. Além disso, jovens (que compõem o principal público da Universidade) provavelmente serão os últimos a serem imunizados.
“Não conseguimos fazer nenhum lockdown com qualidade em nenhum lugar. A população cansou de ver vários níveis de gestão batendo cabeça, sendo contraditórios entre si. Aí, ao tomar suas próprias decisões, se adensaram nas festas de fim de ano. As pessoas também estão viajando, indo a aeroportos e rodoviárias e, assim, elevando a transmissibilidade”, analisou.
O vice-reitor, Enrique Huelva, destacou que a comunidade estava sendo convidada a repensar as práticas pedagógicas durante a análise da possibilidade de oferta de algumas disciplinas presenciais. “Não era uma volta para o formato que tínhamos antes da pandemia, como um interruptor. O nosso Plano de Retomada prevê justamente uma gradação, uma progressão que acompanha a diminuição do risco causado pela pandemia”, esclareceu.
FORMAÇÃO – O professor Alexandre Romariz, representante da Faculdade de Tecnologia (FT), ponderou as consequências de manter o semestre 100% remoto. “Chamo a atenção para o fato de que existe um impacto na formação. No nosso caso, há áreas que demandam contato físico com os dispositivos, com as simulações e reações observadas”, disse.
Para André Doz, representante discente e um dos coordenadores do Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães (DCE), a retomada de atividades presenciais seria muito prejudicial. “Vivemos uma situação muito complicada, e a UnB está inserida nesse contexto. Para se deslocarem, os estudantes usam o transporte público e acabam passando por áreas perigosas, como a rodoviária”, pontuou.
Mesmo com a manutenção do semestre em modo on-line, a Universidade segue se preparando para as demais etapas do Plano de Retomada. O prefeito da UnB, Valdeci Reis, detalhou algumas das medidas que estão sendo colocadas em prática pela Prefeitura, sob orientação do Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar). Entre as adaptações, estão a substituição das torneiras de bebedouros por modelos que são acionados sem toque, via sensor; a compra de tapetes higiênicos, termômetros e a troca das torneiras dos banheiros.
A professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Cláudia Garcia falou sobre a análise que está sendo feita a respeito dos grandes espaços de uso comum, como o ICC, os pavilhões Anísio Teixeira e João Calmon, o BSA Sul e Norte, todos no campus Darcy Ribeiro. O objetivo é dar segurança para que, no futuro, a nossa comunidade possa circular. É um planejamento estratégico que nos prepare para as decisões futuras”, disse.
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) decidiu, nesta quinta-feira (14), que o próximo semestre letivo da Universidade de Brasília (UnB) será feito 100% em modo remoto. No mês passado, o conselho já dava indícios de que manteria as atividades on-line, mas o veredito ficou para este ano. A decisão é o reflexo do atual cenário epidemiológico da capital.
Com o aumento dos índices de contágio pela covid-19 em todo o país, então, a Universidade seguirá na etapa 1 do Plano de Retomada – a mesma que guiou o andamento do semestre encerrado em dezembro. A exceção serão as disciplinas práticas da área da saúde, que poderão ocorrer de maneira presencial mediante aprovação do colegiado de cada curso. A votação desta quinta-feira ficou em 33 a cinco, com uma abstenção.
Antes de debater o assunto, os conselheiros ouviram o professor Wildo Navegantes, da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e integrante do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 da UnB (Coes). “Se o Distrito Federal repetir o cenário vivido na primeira onda de infecções, vamos refletir mais tardiamente o que está ocorrendo agora em estados como Ceará e Amazonas”, disse ele. “E estamos, no Brasil, atrasados na oferta de vacinas.”
O docente lembrou que os professores estão no último grupo prioritário indicado no Plano Nacional de Vacinação, com a primeira aplicação prevista para os meses de julho e agosto. Além disso, jovens (que compõem o principal público da Universidade) provavelmente serão os últimos a serem imunizados.
“Não conseguimos fazer nenhum lockdown com qualidade em nenhum lugar. A população cansou de ver vários níveis de gestão batendo cabeça, sendo contraditórios entre si. Aí, ao tomar suas próprias decisões, se adensaram nas festas de fim de ano. As pessoas também estão viajando, indo a aeroportos e rodoviárias e, assim, elevando a transmissibilidade”, analisou.
O vice-reitor, Enrique Huelva, destacou que a comunidade estava sendo convidada a repensar as práticas pedagógicas durante a análise da possibilidade de oferta de algumas disciplinas presenciais. “Não era uma volta para o formato que tínhamos antes da pandemia, como um interruptor. O nosso Plano de Retomada prevê justamente uma gradação, uma progressão que acompanha a diminuição do risco causado pela pandemia”, esclareceu
FORMAÇÃO – O professor Alexandre Romariz, representante da Faculdade de Tecnologia (FT), ponderou as consequências de manter o semestre 100% remoto. “Chamo a atenção para o fato de que existe um impacto na formação. No nosso caso, há áreas que demandam contato físico com os dispositivos, com as simulações e reações observadas”, disse.
Para André Doz, representante discente e um dos coordenadores do Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães (DCE), a retomada de atividades presenciais seria muito prejudicial. “Vivemos uma situação muito complicada, e a UnB está inserida nesse contexto. Para se deslocarem, os estudantes usam o transporte público e acabam passando por áreas perigosas, como a rodoviária”, pontuou.
Mesmo com a manutenção do semestre em modo on-line, a Universidade segue se preparando para as demais etapas do Plano de Retomada. O prefeito da UnB, Valdeci Reis, detalhou algumas das medidas que estão sendo colocadas em prática pela Prefeitura, sob orientação do Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar). Entre as adaptações, estão a substituição das torneiras de bebedouros por modelos que são acionados sem toque, via sensor; a compra de tapetes higiênicos, termômetros e a troca das torneiras dos banheiros.
A professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Cláudia Garcia falou sobre a análise que está sendo feita a respeito dos grandes espaços de uso comum, como o ICC, os pavilhões Anísio Teixeira e João Calmon, o BSA Sul e Norte, todos no campus Darcy Ribeiro. O objetivo é dar segurança para que, no futuro, a nossa comunidade possa circular. É um planejamento estratégico que nos prepare para as decisões futuras”, disse.
Com informações da Secom UnB