Tina Lemos, 56 anos, ouviu gritos de um professor enquanto fazia sua caminhada matinal
Tina Lemos, 56 anos, caminhava na manhã da última terça-feira (22), pelas ruas do Guará II, quando diz ter ouvido um cuidador do Espaço Pedagógico Amor de Mãe, que atende crianças de 0 a 5 anos, gritar com uma criança para que ela ficasse calada, caso contrário ele não tiraria ela de dentro da sala.
Ela contou ao Correio Braziliense que, por o prédio ser um sobrado, dava para ver o que ocorria no segundo andar: um professor do lado de fora de uma sala gritando com uma criança que estava dentro para que ela ficasse calada. “Ele disse: se você não parar de chorar eu não vou tirar você daí, depois ele abriu a porta umas duas vezes, e falou e aí parou ou não parou?, como a criança não tinha parado ele voltou a trancar a porta”, conta.
De acordo com Tina, ela parou para ver a movimentação, no entanto, continuou caminhando, só que, segundo ela, a consciência da jornalista aposentada, não a permitiu que seguisse por muito tempo, e ela voltou para saber o que de fato tinha ocorrido.
Ao interfonar, a coordenadora e professora de capoeira Dryelle Luciano Ferreira, 33 anos, atendeu, conforme o relato de Tina, ao perguntar se ela sabia sobre que estava ocorrendo no andar de cima, e se os pais da criança “sabiam como ela estava sendo tratada” tinha consciência daquilo, a coordenadora respondeu que sim, sabiam, mas ela se exaltou.
Do lado de fora da creche, a jornalista decidiu fazer uma gravação e então ao questionar a professora Dryelle, ela deu um tapa no braço de Tina, que fez com que o celular caísse da mão dela. Ela, então, resolveu publicar a denúncias em suas redes sociais.
Procurada pela reportagem, a creche Amor de Mãe justifica o fato, mas nega que a criança tenha sido trancada em qualquer momento. “Atendemos crianças com necessidades especiais, e adotamos o método de separá-las quando elas estão tendo alguma crise para que elas possam se acalmar”. Segundo o diretor Igor Araujo, 46 anos, seria isso que Tina teria ouvido.
De acordo com ele, ao interfonar, Tina começou a gritar com sua esposa, Dryelle. Igor afirma que a coordenadora errou ao se exaltar com Tina, e que Dryelle chegou a procurá-la para pedir desculpas, mas ela não atendeu e nem quis contato.
“Ela não quis entrar, ela xingou, ela não sabia o que estava acontecendo dentro da escola”, afirma.
Tina diz “não querer fazer nenhum juízo de valor” a respeito da escola, e terminou a entrevista afirmando que não viu o que se passava dentro dela, que apenas pôde escutar. A única coisa que ela pretendia com a publicidade do vídeo era “avisar aos pais para eles cuidarem dos seus filhos, o meu único objetivo era alertar eles”.
Foto:crédito: Kindel Media/Reprodução)
Edição:Ana Luisa Araujo
Fonte:correiobraziliense.