Acidente aconteceu na quinta-feira (24/3). Renato da Costa Martins sofreu uma queda na sala técnica da estação, não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo enquanto estava internado
O engenheiro caiu na sala técnica do Metrô e chegou a ser internado, mas não resistiu – (crédito: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)Segundo um funcionário do Metrô-DF que não quis se identificar, parte do piso teria cedido e o engenheiro caiu. O funcionário relatou que a sala técnica onde aconteceu o acidente possui um piso flutuante de madeira. “Ele cedeu, o engenheiro caiu e acabou batendo o braço e machucou o joelho. O pessoal da estação [Praça do Relógio] relata que ele saiu andando mas com fortes dores”, disse. Questionada, a companhia informou que aguarda perícia da PCDF para identificar as causas do acidente.
Renato da Costa Martins foi levado para o Hospital Anchieta, em Taguatinga, onde ficou internado, segundo o Metrô-DF. “Os exames de imagem constataram uma lesão no ombro e indicaram a necessidade de uma cirurgia”, disse, em nota, a companhia – destacando que o procedimento seria realizado na manhã desta sexta-feira (25/3)
No entanto, o engenheiro acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu no hospital, antes de realizar a cirurgia. “O Metrô-DF está prestando assistência à família e realizou os trâmites necessários junto a Polícia Civil. Aguarda ainda os laudos médicos e do IML, que vão atestar a causa da morte, e o resultado de perícia”, informou o órgão.
Ao Correio, a Polícia Civil do DF (PCDF) disse que o Boletim de Ocorrência está sendo produzido na 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte). Contudo, o caso será repassado para a 12ª DP (Taguatinga Centro) “para investigação das informações prestadas”, pois é a delegacia da área do fato.
Sentimento de perda
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários (SindMetrô-DF) divulgou, na tarde desta sexta-feira (25/3), uma nota lamentando a perda do funcionário. “A família metroviária amanheceu em luto pela perda lastimável do nosso colega de trabalho. Renato Costa Martins ingressou à família metroviária em 2005, respeitado pelos colegas e pelo trabalho realizado no Metrô-DF”, ressalta o texto.
O documento também acusa que o sistema Metrô-DF “foi esquecido propositalmente para atender uma estratégia do governo de privatização”. “Investimentos são necessários para que não haja deterioração. Estamos falando de vidas dos empregados e de quem utiliza o transporte. Uma fatalidade aconteceu. Até quando os metroviários sairão de casa sem saber se voltam? Quantas famílias ficarão incompletas até que algo seja feito?”, questiona a nota.
Por fim, o sindicato mostrou solidariedade à família de Renato. “O SindMetrô-DF presta os sinceros sentimentos à família que está inconformada com esta perda tão repentina de um excelente filho, um pai exemplar e um ótimo profissional. Deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares e amigos”, encerra
Fonte:correiobraziliense.