Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,70%; nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%
Após três meses consecutivos de deflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, fechou outubro em 0,59%, puxado pelos alimentos. Segundo os dados, divulgados nesta quinta-feira (10/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,70%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%
“Há um claro contraste, porque alimentação e transportes, os dois grupos de maior peso, tiveram variação negativa em setembro e altas em outubro”, comenta o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês. Apenas Comunicação teve queda, de 0,48%.
A alta nos alimentos foi puxada pela alimentação no domicílio (0,80%), com batata-inglesa e tomate contribuindo, juntos, com 0,07 p.p do resultado total do mês. O grupo também registrou aumentos na cebola e nas frutas. Entre as quedas, destaque para o leite longa vida (-6,32%), que já havia recuado 13,71% em setembro, e o óleo de soja (-2,85%), que marcou a quinta queda consecutiva.
Passagem mais cara
No grupo de Transportes, cujo índice passou de queda de 1,98% em setembro para alta de 0,58% em outubro, Kislanov aponta dois fatores preponderantes para o resultado. “Além do aumento da passagem aérea, de 27,38%, também foi importante o recuo no preço dos combustíveis, de 1,27%, menos intenso do que no mês anterior, quando a queda foi de 8,50%”, ressalta.
A gasolina (-1,56%), o óleo diesel (-2,19%) e o gás veicular (-1,21%) seguem trajetória de queda, mas o etanol registrou alta de 1,34%. Também houve recuo nos preços dos transportes por aplicativo, que subiram em setembro.
No segmento Vestuário, a influência em outubro foi da alta nos preços das roupas masculinas (1,70%) e das roupas femininas (1,19%). “Esse aumento tem acontecido desde a retomada do isolamento”, lembra o pesquisador Kislanov, ressaltando que, nos últimos 12 meses, a variação acumulada do setor foi de 18,48%, a maior entre os nove grupos que compõem o IPCA.
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Fonte: Correio Braziliense