O presidente do Congresso fez um discurso, na sessão de abertura do ano legislativo, com recados a aliados
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fez um discurso, nesta quarta-feira (3/2), na sessão de abertura do Ano Legislativo, cheio de recados a aliados que estão em rota de colisão. Com o objetivo de pacificar as relações entre Legislativo e Executivo, Pacheco pediu “cuidado com a sanha de buscar culpados a qualquer custo” pela forma com que a pandemia da Covid-19 tem sido enfrentada no Brasil.
“Tenhamos cuidado com a sanha de buscar culpados a qualquer custo, como se a pandemia tivesse encontrado somente acertos em qualquer parte do mundo. Por tudo isso, conclamo a todos a que busquemos uma maior pacificação das instituições e a identificação de objetivos comuns, tanto do ponto de vista da saúde pública, quanto do ponto de vista econômico”, declarou.
Alguns parlamentares na Câmara e no Senado buscam assinaturas para instalação uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o que avaliam como omissões do governo Jair Bolsonaro na condução da pandemia. O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), correligionário de Pacheco e desafeto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é favorável.
Pacheco, eleito com o apoio de Bolsonaro – constantemente criticado por arroubos autoritários –, não deixou nem o aliado sem uma alfinetada. “A política não deve ser movida por arroubos do momento ou por radicalismos”, disse Pacheco, ao lado de Bolsonaro, e acrescentou: “Nenhum extremo nos interessa”.
O presidente do Senado reiterou que as prioridades da sua gestão são as reformas administrativa e tributária e a agilidade na aquisição das vacinas contra a Covid-19. Mais cedo, ele e o presidente eleito da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram com Bolsonaro e entregaram um documento no qual sinalizam pretensões neste sentido.Fonte.metropoles.