Com os números do ano passado fechados, o instituto mapeou um desmatamento de 8.426 km² no bioma
Foi também o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que acena para a exploração da Amazônia. Na ocasião, foram 9.178 km² desmatados.
Os dados do Inpe mostram que os dois últimos anos ficaram acima da média registrada entre 2016 e 2018, quando o desmate foi de 4.845 km². Levando em conta os números de 2019 e 2020, os dados saltam para 8.802 km², um crescimento acima de 80%.
Os piores números de desmatamento em dezembro foram registrados no Pará (100,1 km²), Mato Grosso (71,4 km²), Rondônia (26,3 km²) e Roraima (7,8 km²). Além desses estados, o Amazonas registrou 6 km² de áreas desmatadas e o Maranhão, 3,3km².
O secretário-executivo da ONG Observatório do Clima, Marcio Astrini, disse em comunicado à imprensa que os índices são resultado direto das políticas adotadas pelo atual governo na área do meio ambiente.
“Bolsonaro tem dois anos de mandato e os dois piores anos de Deter ocorreram na gestão dele. As queimadas, tanto na Amazônia quanto no Pantanal, também cresceram por dois anos consecutivos. Não é coincidência, mas sim o resultado das políticas de destruição ambiental implementadas pelo atual governo”, disse Astrini na nota.
Contraponto
Em dezembro do ano passado, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que o desmatamento na Amazônia estava em “tendência de queda”.