Igor Romário era coordenador da Lava-Jato desde 2014, e deixou o cargo para ser diretor de Investigação e Combate à Corrupção quando o ex-juiz Sergio Moro passou a integrar o governo, em janeiro de 2019. Moro deixou o Ministério da Justiça em abril do ano passado.
Romário coordenou a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba desde o seu início, em 2014, na época em que o ex-juiz federal Sergio Moro atuava na operação, e é visto como um dos símbolos da operação. O delegado estava no cargo na cúpula da PF desde janeiro de 2019, tendo sido levado por Moro, que se tornou ministro da Justiça e Segurança Pública.
Moro deixou o cargo em abril do ano passado acusando o presidente Jair Bolsonaro de interferência na PF. Na época, o presidente havia trocado o então diretor da PF, Maurício Valeixo, e queria colocar no lugar o atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. Na época, a posse foi impedida por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e o cargo de diretor acabou ficando com Rolando Alexandre.
A saída de Romário se dá em um momento em que a Lava-Jato de Curitiba foi extinta, e agora a atuação cabe apenas ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), tendo, por enquanto, alguns integrantes da então força-tarefa no grupo. Além disso, ele era um dos últimos nomes ligados a Moro no governo.Fonte:correiobraziliense