GDF e Consórcio Catedral assinaram contrato nesta terça (15) que prevê a gestão da rodoviária pelo grupo privado pelos próximos 20 anos; entenda o que muda
A Rodoviária do Plano Piloto foi concedida à iniciativa privada por meio de um contrato assinado nesta terça-feira (15) entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Consórcio Catedral que prevê a gestão do espaço pelos próximos 20 anos.
Com essa mudança, os usuários podem esperar melhorias significativas, como investimentos em infraestrutura, modernização e limpeza, sem que isso impacte o valor da passagem do transporte público, que permanecerá inalterado. A privatização visa trazer eficiência na gestão e mais serviços à comunidade, mantendo, no entanto, a essência do atendimento público.
A Agência Brasília preparou uma lista de perguntas e respostas para que a população tire as dúvidas em relação ao processo de concessão. Confira, abaixo.
Qual é o cronograma para a privatização da Rodoviária do Plano Piloto?
A partir da assinatura do contrato nesta terça (15), haverá um período de 90 dias para a implementação do serviço. As obras e melhorias começarão assim que os projetos forem aprovados.
A privatização vai afetar a tarifa de transporte paga pelo usuário?
Não. O valor da passagem permanece o mesmo.
O consórcio está comprometido em cumprir os prazos e os valores acordados, que incluem R$ 55 milhões para as obras e melhorias
Quais são os tipos de investimentos planejados?
Os investimentos estão divididos em três blocos: investimentos estruturais, modernização e melhorias no estacionamento. O cronograma de execução será detalhado ao longo de quatro anos.
Haverá um diretor nomeado para a transição?
Sim: um comitê de transição será criado, composto por dois representantes da concessionária e dois da Secretaria de Transporte e Mobilidade. Esse grupo definirá prioridades de ação nos próximos meses.
Como as obras serão executadas sem afetar o fluxo de passageiros?
As obras serão planejadas para ocorrer, sempre que possível, em horários de menor fluxo, especialmente à noite, minimizando o impacto sobre os usuários.
O consórcio cumprirá os prazos e valores estipulados?
Sim, o consórcio está comprometido em cumprir os prazos e os valores acordados, que incluem R$ 55 milhões para as obras e melhorias.
Como será a segurança e a limpeza na nova rodoviária?
A privatização trará melhorias na segurança, conservação, iluminação e limpeza da rodoviária, com um padrão elevado de atendimento.
Qual será o preço do estacionamento na rodoviária?
O preço projetado para o estacionamento será de R$ 5 por hora. A área compreende a plataforma superior da Rodoviária, nas áreas próximas ao Conic, ao Sesi Lab e ao Conjunto Nacional. A parte inferior do Conic e do Conjunto Nacional, bem como a Galeria dos Estados, não fazem parte da licitação.
Qual é a justificativa para a privatização da rodoviária?
O reconhecimento de que o poder público pode ter limitações na gestão de determinados serviços levou à decisão de buscar a expertise do setor privado, para avançar e trazer mais serviços à comunidade, além de desonerar custos.
Como foi o processo de elaboração da proposta de privatização?
O processo começou em 2019, com a participação de técnicos do governo. A proposta passou por ajustes no Tribunal de Contas e debates na Câmara Legislativa, envolvendo tanto a situação quanto a oposição e a sociedade. Também foi validada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). A população participou com colaborações e audiência pública.
Fonte: Agência Brasília |