Destroços da destruição, iniciada ontem, serão removidos durante as próximas duas semanas
Antes do previsto pela Defesa Civil, a demolição completa prédio que desabou em Taguatinga Sul foi finalizada ainda na tarde desta quinta-feira, 03. Os trabalhos começaram a ser feitos por volta das 9h10 e finalizaram pouco antes das 15h30. A estimativa inicial da Defesa Civil era que o trabalho terminasse nesta sexta-feira (4).
E poderia ter finalizado mais cedo: devido à forte chuva que caiu no início da manhã, o início dos trabalhos precisou ser adiado das 8h para as 9h10, quando ocorreu o primeiro avanço das escavadeiras à construção. A estrutura do térreo e do primeiro andar e térreo do edifício cedeu no dia 6 de janeiro e a demolição foi determinada pela Defesa Civil no dia 16 do mesmo mês.
A próxima etapa é a retirada dos escombros, que deve durar cerca de duas semanas, também segundo a previsão da Defesa Civil. Nos escombros, roupas, móveis e eletroeletrônicos se misturavam aos fios e entulhos. Brinquedos, cadeirinhas de bebê, bicicleta, quadros, geladeiras e fogões foram levados abaixo.
Foram utilizadas três retroescavadeiras para fazer a demolição da estrutura. Enquanto duas se posicionaram nas laterais do prédio, fazendo uma espécie de escoramento para que não cedessem e prejudicassem os edifícios vizinhos, outra no centro começou a forçar a construção abaixo, destruindo a estrutura de cima para baixo.
Nos escombros, roupas, móveis e eletroeletrônicos se misturavam aos fios e entulhos. Brinquedos, cadeirinhas de bebê, bicicleta, quadros, geladeiras e fogões foram levados abaixo.
Segurança em primeiro lugar
De acordo com o tenente Marcelo de Abreu, do Corpo de Bombeiros Militar do DF, havia um acúmulo de água até a altura da canela nas laterais que gerava o risco de queda pelas bordas. A estratégia, porém, foi realizada sem maiores preocupações. Outros riscos eram passíveis, como o vazamento de gás de botijões, com ameaça de explosões e incêndios. A corporação, entretanto, está preparada para este tipo de intercorrência, conforme garantiu o oficial.
“Fizemos Varredura para entender se há pessoas lá dentro. Poderia ser que pessoas em situação de rua podiam estar lá dentro. Vamos fazer tudo com segurança”, afirmou. Em determinado momento, a operação foi suspensa por perigo de explosão, já que um botijão de gás foi encontrado entre os escombros após a derrubada de uma área de cozinha de um dos apartamentos.
Por segurança, a área próxima ao imóvel foi evacuada pela Defesa Civil e o Detran fez interdição da via, localizada na QSE Área Especial 20. Até que tudo se resolva, o Detran recomenda aos motoristas que procurem utilizar a via da QSE 7 e o Pistão Sul como rotas alternativas durante os trabalhos de demolição. A retirada dos escombros deve durar cerca de duas semanas.
Demolição foi necessária
Para o órgão fiscalizador, não restavam dúvidas de que não havia nenhuma segurança para transitar dentro da edificação. Assim, os antigos moradores do prédio não puderam voltar em hipótese alguma aos apartamentos para pegar os últimos pertences. Assim determinou a Defesa Civil na sexta-feira do dia 14, que tem acompanhado a estrutura desde o desmoronamento espontâneo.
A maioria das famílias que moravam no prédio conseguiram encontrar novas casas para alugar. Logo após o incidente, o proprietário do prédio ofereceu estadia de uma semana em um hotel na região.