Não faltam máscaras, luvas e álcool gel nos hospitais públicos do Distrito Federal
Não são verídicas as informações de que as unidades da rede pública de saúde do Distrito Federal estariam enfrentando desabastecimentos de insumos hospitalares, como luvas, álcool gel e equipamentos de proteção individual (EPIs). Foi o que garantiu hoje (9) o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, ao contestar notícias de que estaria ocorrendo um desabastecimento generalizado de insumos na rede pública.
Okumoto afirmou que até esta segunda-feira (9) a Secretaria de Saúde tinha em estoque 661 mil pares luvas, inclusive no tamanho G, o mais procurado. Desse total, 225 mil são luvas no tamanho P, 265 mil tamanho M e 171 mil luvas no tamanho G. Todas as regionais de saúde dispunham do material. É o caso da Região de Saúde Sul, que engloba Gama e Santa Maria, abastecida com 23,9 mil luvas do tamanho G.
O secretário lembrou ainda que na última quinta-feira (5) foram distribuídos 16 mil pares de luvas entre 10 hospitais da rede de saúde pública do DF. Entre as unidades contempladas está o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), que recebeu 3 mil luvas no tamanhos M e G.
Nesta segunda-feira (9), começou também a distribuição aos hospitais da rede e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) das mais 40 mil luvas que foram doadas à Secretaria de Saúde. Além disso, em até 30 dias devem chegar 5 milhões de luvas já adquiridas pela Secretaria de Saúde, segundo informou o subsecretário de Logística em Saúde, Artur Brito.
Os diretores administrativos de todas as sete regiões de saúde também comunicaram à direção da SES que não há desabastecimento desses produtos. “Temos capotes, álcool gel, máscaras e todos os EPIs com estoque regular”, afirmou Brito. “Consultamos todos os diretores administrativos das sete regiões de saúde e nenhum deles relatou que há problemas de abastecimento, especialmente de máscaras N95 e álcool em gel”.
Insumos armazenados
Osnei Okumoto explicou ainda que, no caso de álcool gel e dos equipamentos de proteção individual (EPIs), o armazenamento desses insumos está concentrado em unidades específicas da rede, o que não significa que alguns hospitais têm e outros não dispõem desses produtos. Esses insumos, segundo ele, já estão sendo transferidos para outras unidades, seguindo as prioridades estabelecidas pelas Superintendências Regionais de Saúde.
Segundo o secretário, a pandemia gerou muitos problemas no mercado global, inclusive na produção de materiais médicos-hospitalares. No caso das luvas, por exemplo, houve aumento da demanda, queda na produção da matéria-primeira (o látex) e redução da fabricação do produto. “Ocorreu o mesmo com os respiradores, que faltaram no mundo todo”, comparou. Num primeiro momento, conforme Okumoto, houve falta de luvas no mercado global; agora, há escassez pontual e temporária, o que não significaria desabastecimento total, como foi divulgado por alguns veículos de comunicação.
A redução da produção, porém, não gerou o desabastecimento de luvas nas unidades da rede pública do DF, salientou o secretário. “Existem dificuldades por conta da falta de matéria-prima, mas temos estoque em todas as unidades primárias e estamos fazendo esse remanejamento para os hospitais”, afirmou.
Já o subsecretário de Logística em Saúde acrescentou que está em andamento uma nova política de gestão de estoque de medicamento e insumos. O objetivo é garantir o abastecimento regular da rede pública e minimizar os efeitos da falta temporária de determinados produtos.Fonte:agenciabrasilia
*Com informações da Secretaria de Saúde